Puxão

   Fill tinha a menor ideia para onde estava indo, eles tinham saído pouco antes do sol nascer. Halt montava seu pequeno cavalo. Não demoraram muito chegaram a uma cabana onde tinha um estabulo não muito grande. Ele olhou bem para o estabulo e viu o simbolo da folha de figueiro. Era alguém que estava ligado aos arqueiros.
   -Willian.- gritou Halt
   -Podem entrar!- falou uma voz que vinha do estabulo.
   O homem tinha excesso de peso e tinha um incrível fedor de cavalos.
   -Está na hora.-disse o arqueiro apontando pro garoto.
   -Bem, tenho o que ele precisa.
   Foram todos ao estabulo onde tinha um cavalo, não muito menor do que o de Halt, comendo tranquilamente e solto.
   -Ele não deveria estar preso?-perguntou o menino.
   -Não é necessário, cavalos de arqueiros são muito bem treinados, a ponto de que não precisam ficar presos e sabem identificar sons que nós não ouvimos.
   O cavalo parecia ser manso, Fill aproximou-se, ele tinha gostado do animal.
   -Devemos contar a ele?-perguntou baixinho Halt.
   -Deixe-o.
   Ao se aproximar, o cavalo se afastou um pouco. Fill queria tentar monta-lo, chegou mais perto do cavalo, pegou as rédeas, colocou o pé no estribo, forçou. Ao sentir a pressão que o estranho estava fazendo, o pequeno cavalo deu uma guinada para o outro lado, derrubando o garoto. Fill so tinha visto um branco e depois seu corpo estava no chão. Ele não ia deixar um cavalo ganhar dele.
   Halt e Willian estavam sentados, a dez metros, observando toda a cena que acontecia, rindo por dentro. Eles sabiam do segredo dos cavalos de arqueiros. Duas horas depois que o massacre começou, os dois mais velhos tiveram pena dele.
   -Tente falar "halloshom"
   -Como?-falou fill fadigado e sujo.
   -Para montar, diga a ele "halloshom"
   E Fill fez. Como sempre, segurou nas rédeas, colocou o pé no estribo, e se viu caindo de novo. Porém, nada aconteceu. O cavalo não moveu um único músculo. Continuou subindo, nada de puxão. Até que ele montou.
   -Ande, vá cavalgar um pouco com ele.
   Fill sentiu o que Halt tinha lhe falado alguns dias sobre seu cavalo. Ele era mais rápido do que os outros cavalos normais e podia cavalgar em velocidade máxima por bem mais tempo do que os cavalos normais.

   Eles passaram o dia na casa de William, bem pelo menos Halt passou. Fill ficou junto ao seu novo companheiro, Puxão.
   De manhã, os arqueiros já estavam de pé cedo, pouco depois do sol nascer, decidiram voltar, tinham um serio compromisso depois de alguns dias. Willian não tentou esconder a saudade que iria sentir do seu tão valioso cavalo que tinha treinado durante vários anos, mas ele sabia que um dia isso iria acontecer e que não teria como não deixar quando acontecesse.
  -Willian, estamos indo, está quase na hora daquilo.
  -Ah! Agora entendo o porque que vieram mais cedo do que eu imaginava.
  -Sim, precisavamos de um companheiro decente para um futuro aprendiz