Quando se fala de remake, muita gente - MUITA gente - torce o nariz, especialmente quem gosta das obras originais, criticando "a falta de originalidade de Hollywood". Eu já sou mais otimista e gosto de pensar o contrário. Já diz a sabedoria popular - acredito que esta frase seja dito popular, me digam se estiver errado - que "o plágio é a forma mais sincera de elogio". Seguindo essa máxima, acredito que a maioria dos diretores que topam fazer remakes o fazem por ser fãs do original e quererem dar uma repaginada no filme, torná-lo mais atual e mais disponível para todas as pessoas. E acredito, também, que Rupert Wyatt, diretor de "O Planeta dos Macacos - A Origem", que estreiou nessa sexta-feira no circuito nacional, faz parte dessa leva.
Esse novo filme da saga (é o sétimo) é uma homenagem imensa a todos os outros. Se o espectador assistiu aos filmes, vai ficar durante a sessão inteira pensando "eu conheço isso..." e "nossa! Que referência!". E em uma cena específica, eu garanto, vai até perder o fôlego quando vir o tamanho da referência - todo mundo da sessão em que eu estava perdeu.
A história é bem detalhada e rápida: a droga ALZ 112, criada pelo cientista Will Rodman (James Franco, interpretando muito bem) é testada em chimpanzés para encontrar a cura do Alzheimer. Um deles, uma fêmea apelidada de "Bright Eyes" (Olhos Brilhantes - quem assistiu ao primeiro filme já entendeu a primeira referência), reage muito bem à droga e faz com que o cientista peça para que o medicamento seja testado em humanos. Entretanto, durante o pedido, Bright Eyes fica raivosa e ataca todos à sua frente, fazendo com que a companhia para que Rodman trabalha retire toda a verba do projeto.
Mas os cientistas que trabalham com Will descobrem - tarde demais - que Bright Eyes não estava sofrendo um efeito colateral da droga, e sim protegendo uma coisa: seu filhote. Will é sensibilizado e leva o bebê macaco para casa, onde ele tem também que cuidar de seu pai, que tem Alzheimer.
O filhote, Cesar, rapidamente mostra que é muito mais esperto que um filhote de macaco normal - e muito mais esperto até do que um bebê humano - graças à droga que foi passada a ele por sua mãe, e acaba virando "filho" de Will. Com essa constatação, Will usa o que sobrou do ALZ 112 para curar seu pai da doença, e o experimento é um sucesso.
Já com 8 anos, Cesar é um chimpanzé brilhante que vê o "avô" (o pai de Rodman) voltar ao seu quadro clínico anterior. Em um episódio da doença, o "avô" é ameaçado pelo vizinho ignorante, e Cesar parte em defesa dele, atacando ferozmente o moço. Ele é então mandado para um tipo de "prisão" para macacos, onde é torturado e aprende a odiar os humanos. É então que começa a planejar não só sua fuga, mas a revolução dos macacos. E "a evolução vira revolução".
"O Planeta dos Macacos - A Origem" é dirigido com muita maestria, sempre utilizando de maneira interessantíssima as imagens e metáforas sugeridas pelos olhos, pelas janelas, e ainda deixa um "gancho" para sua continuação - pena que todos já sabemos o que vem depois, pelos outros filmes. Mas mesmo assim, vale muito a pena. "O Planeta dos Macacos - A Origem" é, sem dúvida nenhuma, um dos melhores filmes do ano. Não perca por nada.
Por: Lucas Leão Alves
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